Solteiros no Brasil não são poucos. Em São Paulo essa estatística só aumenta. Somos legais, servimos muitas vezes de castiçais; conselheiros; orelha, olho e digitação amigos (porque hoje em dia com a tecnologia oferecer o ombro fica mais complicado). Mas também temos paciência e às vezes ela chega a um limite, a um ponto em que nem o saco do bom velhinho fica tão cheio na noite de Natal.
Para ilustrar, imaginemos a mais normal e desconfortável situação que enfrentamos no dia a dia e resistimos através dela, a tão providencial e educada tolerância: uma festa daquela priminha ou daquele tio ou tia que te vê quase todos os dias.
Pois bem, imaginemos a seguinte situação: A pessoa (colocaremos um rapaz para facilitar a digitação do blogueiro) chega ao local da festa já meio desconfiado das perguntas, principalmente ao avistar aquela sua tia que sempre te pergunta a mesma coisa está ao fundo do salão se deliciando com um bolinho de queijo que solta gordura e essa transpõe o guardanapo e chega a sua mão.
Ééé... Justamente aquela tia será a última a vir falar com o rapaz e puxa a conversa, (porém a famosa tolerância já se foi) e o diálogo começa:
- Garoto, como você está bonito. Deve estar cheio de moças correndo atrás, né?
- Tia, se estão não sei, mas, sinceramente, pelo menos uma delas eu convidaria para a festa.
Nessa hora um silêncio se instala e aparece aquele parente que não te vê há uns dois anos, as duas edições anteriores da tal festa e perguta:
- E aí garotão? Casou?
- Casar? Casei, só não chamei ninguém pra festa, aliás nem a noiva. Ía dar briga.
E a tia do, já não tão gentil, rapaz insiste:
- Mas um garoto assim: bonito, inteligente, estudado e sozinho? Disperdício, não é?
- Disperdício? A senhora já viu alguma matéria de "garotos bonitos, inteligentes, estudados" em algum discussão da ONU sobre desenvolvimento sustentável?
E a tia, lambendo os dedos com o risólis que acabara de devorar em sua frente, faz cara de interroagação, mas não desiste:
- Não entendi, mas deixa para lá. Tá na hora de arrumar alguém, não acha?
- Pensei que era hora de cantar parabéns. - replica o jovem.
- Ahhh, mas tenho certeza que tem uma gatinha escondida, por aí? - insiste ela com um croquete na mão esquerda e um quibe e o copo de cerveja na mão direita.
- Tem sim tia, conta pra ninguém não. Ela não é daqui, tá presa, conheci no jornal "Agora São Paulo". Gatinha, pesa 89Kg, tem 1, 54m e só sai daqui 4 anos, mas é gente fina. - responde ele num sussurro.
A tia desiste estarrecidamente, mas o tio vem.
- Rapaz, vai acabar cuidando dos sobrinhos só hein?!
- Ah tio, nem vem, eu tava numa boa até agora, mas apelar para a sua função?? Agora pegou pesado. - sai o rapaz desolado.
PS: O rapaz representa qualquer soteiro que um dia pode ficar intolerante; a tia e os outros parentes levam a bandeira de todos aqueles curiosos que deixam os solteiros mais para baixo do que a estação Sé do metrô.
Mas o blogueiro, que teve essa ideia de estória com uma prima e amiga de todas as horas, continuará sendo educado quando perguntado, politicamente correto e cheio de amor para dar. Assim como sua contribuidora. Afinal nossa tolerância está longe de acabar e não desistiremos de correr atrás de nossos parceiros ideais.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
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5 comentários:
Rafa.adorei................bjusssssssssssss
Adoreiii, ainda mais a parte do croquete hahaha
Está bem de criatividade hein !!!; mas vc está namorando ??? kkkkk
Hahaha... tá bem de réplica hein?! rs
hahaha só rindo
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