quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Salve Sly!! Viva Rocky!

Sempre há e sempre vai haver as pessoas que defendam ou não a série "Rocky" de Sylvester Stallone, mas o fato é que vai haver um sétimo filme da série (segundo palavras do próprio sexagenário ator Hollywoodiano, que para 2010 prepara "Os Mercenários" com gravações feitas no Rio de Janeiro e roteirista e diretor de "Rambo V").
Pois bem, o que significa essa eventual sequência? Para uns uma forçação de barra, caça niqueis e mais um melodrama piegas sobre o veterano lutador, para outros, como eu, significa muito mais que isso: pode ser a verdadeira redenção da série que começou em 1976.
Desde a primeira vez que vi o primeiro filme, lá atrás (devia ter eu meus 5 anos) o tomei como ídolo. Pouco para um mundo de tanta gente importante? Talvez. Mas e se todo mundo abraçasse a gana, a votade, a superação e o espírito de um verdadeiro lutador em forma de um personagem inegávelmente carismático?
Não, não vão sair socando todo mundo na rua. Não é essa a essência. Para mim, o boxe foi apenas uma metáfora bem utilizada nos 6 filmes anteriores.
No primeiro (premiado com o Oscar de melhor filme, diretor e montagem) a apresentação de um rapaz vindo dos subúrbios encontra no esporte chance de mudar de vida, consegue. Qual a novidade? Os EUA da época precisavam de uma luz no fim do túnel, depois de uma inaceitável guerra no Vietnã e um escandalo de seu presidente Nixon. Mostra-se que superando vários obstáculos podemos chegar lá, vencer nem sempre é importante, vide-se o final do primeiro fime. Um empate.
No segundo e terceiro, mostra-se a dedicação de um Rapaz já não tão pobre, mas que não desite de seu sonho: ser campeão e ser leal a quem te deu a chance de chegar a tal, respectivamente.
No quarto, uma mais que explícita repulsa à Guerra Fria que se encerrava à época. Para mim a melhor cena de treinamento de um "esportista", quando Rocky quase se isola na Russia para manter o foco.
Mas sempre acompanhado por Adryan (Thalia Shire, "O Poderoso Chefão 1, 2 e 3"), Rocky encontra um pilar para se apoiar nos momentos mais difíceis.
O quinto filme, esse sim, poderia ter passado batido, mas tem lá sua lições: a aposta de um pai em uma pessoa de fora e não no filho; o desgaste de um ídolo; a gastança desenfreada de quem um dia fora importante e em instante se vê atolado em dívidas e sem preparo algum se arrisca em uma carreira que não domina.
Quando tudo parecia terminado, em 2006 surge "Rocky Balboa", o sexto da série, estava eu lá na pré estreia (dia 28/02).
O filme surpreendeu com uma linda metáfora de respeito ao passado dos ídolos; o reconhecimento da juventude e mais uma vez a superação de um Rocky, agora combalido no financeiro, mas com a mesma vontade de voltar a fazer o que sempre soube fazer na vida. E não foge, tenta, cau, levanta, perde... não, para mim não.
Agora vem esse anúncio, um sétimo filme. O que esperar? No meu ver, mais do que uma metáfora virá o canto dos cisneis, o fim do personagem e a perpetuação de uma série.
Quando a música tema tocar pela última vez ou "Eye of the tiger" subir nos créditos, provavelmente teremos aplauso. Aplausos?? Sim, porque só vai ver Rocky quem não acha piegas uma das séries de maior apelo popular nos últimos 30 anos.
Estarei lá.

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