segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Não Se Pode Confundir

Semana passada encerrou-se a curta temporada do programa "Por Toda a Minha Vida" da TV Globo, aliás uma das pérolas raras da Tv aberta entre tantas inutilidades que vemos na mesma. Essa temporada mostrou a vida de 2 ícones e de 1 que se aproximava a tal estato da música brasileira. Falo de Cazuza, Raul Seixas e Claudinho respectivamente.
O mais curioso, no entanto, é a maneira como essas pessoas se tornaram importantes. Se destacaram pela sua inteligência, ousadia, criatividade, pudor musical e, acima de tudo, respeito ao público que os seguiam. Todos eles tinham uma ideologia ofensiva, oponente, formadora de opinião e criaram movimentos com milhares de adeptos passando por cima de ditaduras (no caso dos dois primeiros) e preconceitos.
Mas o que os diferenciaram foi a forma com que fizeram acontecer suas carreiras e a forma com que a mídia se relacionava com essas pessoas. Eram verdadeiros alavancadores da audiência qualitativa das rádios e televisões do Brasil.
Contudo eles se foram prematuramente, alguns gênios ainda ficaram (Caetano, Chico Buarque entre poucos outros) e, com isso, a coerência e o bom senso do órgão da censura brasileira morreram também. Nota-se uma subversividade quando se ouve "Meus heróis morreram de overdose e meus inimigos estão no poder", mas percebe-se uma falta de senso, cultura e incentivo ao rídiculo e à ignorância quando deixam que se lance em qualquer meio da mídia algo do tipo; "Para dançar créu tem de ter disposição, para dançar créu tem de ter habilidade".
Pois é, a triste realidade da cultura nacional exaustivamente exposta ao público, hoje em dia faz com que tenhamos uma inversão de valores, uma enganosa ideia que pode confundir muitas e muitas pessoas. Todavia, quem dera hoje estarmos brindando à liberdade de expressão e não lamentando a libertinagem de expressão.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Noite Nostálgica

25 de novembro de 2009, 21h 31m aproximadamente. O glorioso América do RJ, clube de grandes tradições no futebol carioca, uma espécie de Juventus SP, ganhava do Artsul pelo placar de 2 a 0 e se sagrava campeão da segunda divisão do campeonato carioca desse ano e garantia volta à elite do Cariocão 2010.
Até aí tudo normal, não fosse por dois fatores de tamanha nostálgia que faria inveja a Noel Rosa; que ressuscitaria, pelo menos por alguns minutos, a memória de Lamartine Babo e, não esqueçamos de citar uma figura não muito famosa, mas muito importante e saudosa a um dos maiores jogadores dos últimos tempos no cenário brasileiro. Tal personagem era: Seu Edevair.
Primeiramente, o América voltou depois de uma das maiores, se não a maior, crise de sua história. De um rebaixamento melancólico, com suas portas quase sendo trancafiadas a cadiados em consequência de um dos maiores males do futebol no Brasil: a má gerência de um clube.
Porém se reestruturou e com a ajuda, mesmo que fora de campo, do filho de Seu Edevair, conseguiu retornar a seu devido lugar.
Não o lugar que chegou a estar em 1978, quando semi finalista de um capeonato barsileiro, mas para torcedores ilustres a simples oportunidade de jogar contra os grandes do Rio no Maracanã em 2010 já os enche de orgulho.
Voltando a hora citada na primeira linha, foi a volta, mesmo que por alguns instantes, do agora gerente de futebol, torcedor e ex alteta a uma partida oficial. Um dos maiores gênios da grande área, o filho do Seu Edevair que, onde quer que esteja, esteve com seu filho ontem: Romário, o novo pagador de promessas, jogou. Deixou o seu?? Não, mas foi por pouco. Porém, os 15, 20 min. em que ficou em campo significavam muito pouco, pela promessa cumprida, pelo trabalho realizado.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Fim do Romântismo. Por que?

Claramente, hoje nota-se uma banalização de algumas atitudes, de algumas iniciativas e alguns modos de pensar, até na arte da conquista. Pode parecer uma ideia um pouco saudozista, mas que não se confirma porque, apesar de quando já nascido visualizava o inverso, todavia é uma ideia de minha criação que preso e que não me faz conceber ou entender algumas situações que noto ao meu redor.
Há hoje, em várias partes do Brasil e até do mundo, uma banalização e até uma certa repulsa ao romântismo. Foi-se o tempo em que garotos certinhos, de boa educação, família e estudos eram os preferidos da maioria das garotas. Aqueles que eram os homens de arrancar suspiros de qualquer garota em meados dos anos 60, 70, 80 e início dos 90, acabaram sendo sufocados pelos marombados, metidos a malandro vestidos com a roupa da moda e, sobretudo, de boa lábia.
A origem de tal fenômeno é desconhecida, mas é inegável que tal inversão de valores foi crescendo, paulatinamente, com a liberação feminina e o crescimento de ideias ou segmentos que deram suporte a equiparação da mulher com o homem. Essas, por sua vez, libertaram-se, na grande maioria, do paradigma da boa conduta masculina e acabaram por adotar como homens ideais os mais fortes de fisíco e popularidade, deixando um pouco à margem aqueles que seriam mais dotados de respeito e etiqueta para com elas.
Alguns paradigmas quebrados pelo cinema norte americano, outros por segmentos musicais ou literários e aos poucos chegamos à situação de hoje onde: se é famoso, tem dinheiro ou é popular entra no padrão de lindo. Se é tímido, romântico e/ou pobre, pode até ter boa aparência, mas tem de suar muito para ser desejável.
Vejam bem, que não fala-se em hipótese alguma da totalidade das mulheres (aliás longe disso), mas de uma grande maioria é inegável.
Querer que se regrida no tempo também é pura hipocrisia, mas esse conflito de ideias pode ser quebrado e tanto homens quanto mulheres serem tratados em igualdade de condição, respeitando o gosto e o jeito de cada um; não olhando-se principalmente para a força física ou bancária, nem para as próteses siliconadas ou belas tatuagens, mas sim para o caráter, a dignidade e para as verdadeiras intenções de um relacionamento.
Pode ser esse um caminho para a diminuição de brigas, desentendimentos, divórcios e o grande impulso para relações mais estáveis, duradouras e harmônicas. Todavia, entender porque o rom ântismo naufragou para alguns, chegando sofrer até com gozações ou preconceitos é de difícil entedimento, mas de fácil notariedade.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Rio? São Paulo? Reflexão da Vida.

Hoje, o Rio de Janeiro é um grande contraste de beleza e violência. Um retrato triste de uma briga entre civis que parecem soldados do alto comando e soldados do alto comando que parecem meros civis. E no meio desse fogo cruzado estão os inocentes moradores de algumas comunidades. Mas seria esse um problema só do Rio ou um melancólico retrato das grandes metrópoles brasileiras?
Em São Paulo a violência não está nos morros, mas sim em favelas, viadutos, trânsitos, relações pessoais... Opa "relações pessoais?". Pois é. É assim que vejo o maior problema das grandes cidades, principamente na terra da garoa, com relação a violência gratuita e deliberada que nos crescem ao olhos.
É visível todos os dias, nas páginas dos jornais ou em canais de televisão, pelo menos um caso de uma ação desenfreada de alguém ou de algum grupo de delinquentes acabando com a vida de uma ou várias pessoas e suas respectivas famílias. E os motivos? Na maioria das vezes banais. Pessoas tirando a vida de outras por ciúmes; dívidas pessoais; propinas; falta de paciência; acúmulo de raiva; falta de escrúpulos.
Não há razão plausível para nenhum crime. Aliás tanto não há razão, como não há justificativa (pobreza, raiva, infância).
Notório é sim que se perdeu o valor da vida humana. Pessoas se matam, se ferem, se prejudicam, como se fossem simples animais silvestres em uma selva de pedras.
Como é possível uma pessoa colocar a cabeça no travesseiro tranquila e dormir depois de ter cometido algo contra a vida alheia? E quem sofreu algo? Enquanto isso deveriam refletir o valor da sua própria vida, o valor da oportunidade que um SER SUPERIOR lhes deu de vir ao mundo. Refletir qual o sentido de você estar no corpo que está, na família que lhe foi dada, nas dificuldades que lhe foram apresentadas. Foram por acaso? Não seria melhor tentar superá-las dignamente? Agradecer diariamente? Pensar em quais as consequências de seus atos após a temida e inevitável "passagem"? Essa que deve ocorrer naturalmente, sem a intervenção dos homens.
Concluindo o raciocínio: não levar a amargura, o rancor, a falta de esperança ou o excesso de confiança ao extremo e nem por muito tempo e pensar no próximo como um ser realmente semelhante, no meu ver, é a solução para um mundo mais pacifista e harmônico.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um Som a Nós.

Não é de hoje que escuto os gaúchos do "Nenhum de Nós". Eles foram me apresentados, assim como outras bandas, por meu irmão, quando da minha adolescência. No entanto, imaginem vocês que, nem quando adulto, prestamos atenção na letra, na mensagem que o artista, a banda ou o grupo quer nos passar (quando se há alguma). Nos atemos muito pela sonoridde que uma música causa de efeito e cantamos letras que às vezes nos orgulhamos de saber de "cor", apenas
Mas, em uma tarde de segunda feira, aflito no trânsito para chegar antes das 17h em casa, por ser dia do rodízio municipal de carros (que, por hora, não vou discutir ou não a sua validade), coloquei um CD de MP3 em meu carro e, por um momento de rara lucidez em uma situação dessas, prestei atenção nessa letra que escuto há uns 6 ou 7 anos.
E vocês perguntam: Está bom, mas o que tem de especial nisso? E lhes respondo com outra pergunta: Qual o sentido do ditado " Por que deixar para amanhã o que podemos fazer hoje?".
Essa música é auto explicativa do tal dito. Não que eu seja muito praticante da ideia, mesmo porque a selva de pedras que se tornou a cidade de São Paulo não nos permite muito. Porém, não ser praticante, não significa que não abrace a causa.
Fale; converse; troque carinhos, elogios, olhares, risos, sorrisos; fuja da rotina para que ela não te abrigue; mantenham-se unidos; viva o hoje, enfim. Pois o "amanhã ou depois", pode ser tarde demais ou, talvez, nunca mais.

AMANHÃ OU DEPOIS (NENHUM DE NÓS)

Deixamos pra depois uma conversa amiga
que fosse para o bem, que fosse uma saída
Deixamos pra depois a troca de carinho
Deixamos que a rotina fosse nosso caminho
Deixamos pra depois a busca de abrigo
Deixamos de nos ver fazendo algum sentido

Amanhã ou depois, tanto faz
se depois for nunca mais...
nunca mais

Deixamos de sentir o que a gente sentia
E que trazia cor ao nosso dia a dia
Deixamos de dizer o que a gente dizia
Deixamos de levar em conta a alegria
Deixamos escapar por entre nossos dedos
A chance de manter unidas as nossas vidas

Amanhã ou depois, tanto faz
se depois for nunca mais...
nunca mais

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Salve Sly!! Viva Rocky!

Sempre há e sempre vai haver as pessoas que defendam ou não a série "Rocky" de Sylvester Stallone, mas o fato é que vai haver um sétimo filme da série (segundo palavras do próprio sexagenário ator Hollywoodiano, que para 2010 prepara "Os Mercenários" com gravações feitas no Rio de Janeiro e roteirista e diretor de "Rambo V").
Pois bem, o que significa essa eventual sequência? Para uns uma forçação de barra, caça niqueis e mais um melodrama piegas sobre o veterano lutador, para outros, como eu, significa muito mais que isso: pode ser a verdadeira redenção da série que começou em 1976.
Desde a primeira vez que vi o primeiro filme, lá atrás (devia ter eu meus 5 anos) o tomei como ídolo. Pouco para um mundo de tanta gente importante? Talvez. Mas e se todo mundo abraçasse a gana, a votade, a superação e o espírito de um verdadeiro lutador em forma de um personagem inegávelmente carismático?
Não, não vão sair socando todo mundo na rua. Não é essa a essência. Para mim, o boxe foi apenas uma metáfora bem utilizada nos 6 filmes anteriores.
No primeiro (premiado com o Oscar de melhor filme, diretor e montagem) a apresentação de um rapaz vindo dos subúrbios encontra no esporte chance de mudar de vida, consegue. Qual a novidade? Os EUA da época precisavam de uma luz no fim do túnel, depois de uma inaceitável guerra no Vietnã e um escandalo de seu presidente Nixon. Mostra-se que superando vários obstáculos podemos chegar lá, vencer nem sempre é importante, vide-se o final do primeiro fime. Um empate.
No segundo e terceiro, mostra-se a dedicação de um Rapaz já não tão pobre, mas que não desite de seu sonho: ser campeão e ser leal a quem te deu a chance de chegar a tal, respectivamente.
No quarto, uma mais que explícita repulsa à Guerra Fria que se encerrava à época. Para mim a melhor cena de treinamento de um "esportista", quando Rocky quase se isola na Russia para manter o foco.
Mas sempre acompanhado por Adryan (Thalia Shire, "O Poderoso Chefão 1, 2 e 3"), Rocky encontra um pilar para se apoiar nos momentos mais difíceis.
O quinto filme, esse sim, poderia ter passado batido, mas tem lá sua lições: a aposta de um pai em uma pessoa de fora e não no filho; o desgaste de um ídolo; a gastança desenfreada de quem um dia fora importante e em instante se vê atolado em dívidas e sem preparo algum se arrisca em uma carreira que não domina.
Quando tudo parecia terminado, em 2006 surge "Rocky Balboa", o sexto da série, estava eu lá na pré estreia (dia 28/02).
O filme surpreendeu com uma linda metáfora de respeito ao passado dos ídolos; o reconhecimento da juventude e mais uma vez a superação de um Rocky, agora combalido no financeiro, mas com a mesma vontade de voltar a fazer o que sempre soube fazer na vida. E não foge, tenta, cau, levanta, perde... não, para mim não.
Agora vem esse anúncio, um sétimo filme. O que esperar? No meu ver, mais do que uma metáfora virá o canto dos cisneis, o fim do personagem e a perpetuação de uma série.
Quando a música tema tocar pela última vez ou "Eye of the tiger" subir nos créditos, provavelmente teremos aplauso. Aplausos?? Sim, porque só vai ver Rocky quem não acha piegas uma das séries de maior apelo popular nos últimos 30 anos.
Estarei lá.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sonhos de Criança

Acabo de ver no jornal de esportes da Band o seguinte GC: "Roberto Carlos no Timão!", seguido de uma ligação em primeira mão do repórter Fernado Fernandes, que se encontra na Turquia, local onde reside e joga o lateral esquerdo campeão do mundo de 2002. Nunca fui fã do lateral como jogador, muito menos como pessoa. Poderia ter sido muito mais humilde, como fora Ronaldo, ao longo de sua carreira. Mas imaginem um time em 2010 com Ronaldo, Roberto Carlos, Riquelme... Na minha infância e adolescência esses eram jogadores tops, ao concour em suas posições (menos o argentino que não chega a meio Zidane). Eram os jogadores que todo mundo queria ter em seu time do vídeo game, os que tinham o seu nome gritados quando de um golaço naquela pelada de final de semana, os que apareciam em qualquer comercial porque tudo o que tocavam virava ouro ou quase isso. E por tantas outras razões os mais idolatrados pelas crianças da época que queriam ser no mínimo parecidos com esses ídolos. (quem não se lembra da final da Copa de 2002 e aquele cabelo no mínimo ridículo de Ronaldo?)
Porém para minha sorte, assim como de muitas crianças eles voltaram, estão voltando ou conhecerão o Brasil e principalmente a força da torcida mais fanática do estado de São Paulo. Quem sabe a mais. (tenho dúvidas quanto a torcida do Galo). Serão novos loucos no bando. E para minha sorte no "bando" de que faço parte, o de loucos pelo clube de Pq. São Jorge, o de nome mais bonito do Brasil: Sport Club Corinthians Paulista.
Confesso a vocês que sempre prezei mais por outros jogadores: prefiria Romário a Ronaldo; Branco a Roberto Carlos; Zidane a Riquelme (porém o argentino me deu uma das maiores alegrias em um jogo contra a porcada no chiqueiro suspenso da rua Turiassú). Enfim os jogadores mais folclóricos tiveram sempre meu maior apreço vide Ronaldo Giovanelli, Neto, Renato Gaúcho, Luisão, Ézio, Célio Silva entre outros.
Porém hoje, para jogar no futebol brasileiro, não está difícil. aliás nem com a idade e o físico acima da média a categoria que ainda possuem pode fazer a diferença.
Só espero que por jogarem nomaior clube do Brasil não acabe a idolatria que aquelas crianças tinham por eles. Aliás nem um possível fracasso no torneio sulamericano deverá fazer isso.
Sejam bem vindos!!